26 de jan. de 2010

Praças de esporte agonizam em Propriá (Parte I)

Estádio do Propriá é um símbolo de abandono em que se encontra o quase centenário clube da ribeirinha
Por Claudomir Tavares | claudomir@tribunadapraia.net

Atendendo sugestões de vários leitores e populares, entre os quais o radialista Tony Moreno, da equipe de esportes da Rádio Propriá FM 104,9, a Tribuna da Praia inicia na data de hoje uma série de reportagens sobre as praças de esportes da Princesinha do São Francisco, visitando os principais espaços esportivos ou o que restou deles. A gritaria geral é que a população está carente de espaços para a prática de esportes, e isto tem levado muitos jovens ao vício da embriaguês, só para ficar no exemplo das drogas lícitas.

De nossa parte até achamos que não é a falta de espaços para a prática de esportes, mas o estado de conservação em que os mesmos se encontram. Talvez o maior exemplo seja o Estádio Constantino Tavares, de propriedade do Esporte Clube Propriá, esquadrão azul, o ‘Avoengo’ da ribeirnha, fundado em 12 de Outubro de 1913 e que está prestes a comemorar (o que???) seu centenário daqui a pouco mais de três anos.

Já remonta de muitos anos que o clube de grandes alegrias (e tristeza), de risos (e lágrimas) resume-se a formar times (ou timecos) para disputar os malfadados Campeonato Sergipano da Série A2, apenas marcando posição (sempre as últimas), não almejando qualquer possibilidade de ascender a série principal do nosso futebol.

O Propriá só disputa o campeonato graças a gentileza de seu maior rival, que empresta o Estádio José Neto (ou Durval Feitosa) para que nele possa disputar suas partidas. A população de Propriá até que tem atendido os apelos dos dirigentes do clube, que une as torcidas dos dois clubes para torcer, incentivar as pretensões do ‘Avoengo’, que nada, nada e morre na praia.

A maior prova de descaso, de abandono e de visão amadorística da atual gestão (ou falta dela) do Propriá, é simbolizada pelas condições em que se encontram o seu estádio, maior patrimônio do clube, cuja situação de abandono, de falta de política de gerenciamento tem levado o clube a se comparar aos piores exemplos de futebol de várzea, aqueles que praticam o futebol como uma forma de extravagar as angústias da semana em algumas horas de lazer nos dias de sábado e domingo.

O clube não tem sido aberto para a inserção de novos sócios, não promove a inclusão de novos quadros em sua direção, faltando assim a necessária oxigenação, que possa um dia voltar a ser classificado como um clube profissional e quem, sabe, possa disputar a Série A1 e não o faça apenas como um passageiro de única temporada, que possa se manter, assim como tem feito o América, inclusive, vencendo um campeonato depois de 40 anos, graças a empenho e abnegação de cidadãos como Isaías Silva Aragão (que nos deixou em 04/12/2007) e Joaquim Feitosa (que este viva dezenas de anos).

Nos próximos dias abordaremos os estados em que se encontram outras praças de esportes, tais como Estádio João Alves Filho, Ginásio de Esportes Governador Antônio Carlos Valadares, só para citar os mais visíveis, além da falta de espaços alternativos, como quadras de esportes, campos de futebol society, entre outros. Você pode enviar suas contribuições. Críticas e sugestões são sempre bem vindas: claudomir@tribunadapraia.net

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