31 de mai. de 2010

Cultura Popular no Brasil Colonial

I. Cultura Popular

• A realidade cultural de cada povo, seus hábitos e costumes, suas condições materiais, resultam de sua própria história; a cultura é algo global, que está presente em todos os aspectos da vida.
•Não existe cultura única em um país e, em termos de classes sociais, cada qual produz a sua cultura, de acordo com as condições de cada uma.
•Da desigualdade entre as classes sociais e, portanto, da desigualdade entre as respectivas culturas, deriva a classificação da cultura, em Cultura de Elite e Cultura Popular.
• A Cultura Popular é a que é vivida pelas camadas populares.
• A Cultura Popular é geralmente anônima, produzida em qualquer lugar, podendo ser nas ruas, no trabalho, em casa.
• As manifestações culturais consideradas populares têm influência dos três elementos básicos étnicos fundamentais que formam o povo brasileiro.
• O folclore é uma manifestação artística popular que se situa entre a oralidade e a escrita.
• Não há uma manifestação em que exista apenas um elemento exclusivo, seja branco, negro ou indígena.
• Foi só a partir do século atual que os pesquisadores eruditos começaram a sistematizar o estudo das manifestações culturais da população iletrada.
• É enorme e rica a contribuição dada pelos povos índios e pelos negros escravizados, desde a nossa formação histórica, à cultura brasileira.
• O folclore mostra como as camadas populares, que não têm acesso aos meios letrados, preservam e transmitem (ou renovam) as tradições.
• Os caboclos e mulatos brasileiros, herdeiros das culturas dos índios e dos negros, com as influencias da tradição lusitana, mesclaram tudo isso nas festas de São João, nos reisados, nos maracatus, nas capoeiras, nos sambas, na macumba, na poesia popular de cordel.
• Os africanos nos trouxeram o ritmo e a força que sobrevivem nas danças e nas religiões populares.
• Os índios forjaram a tradição de lendas, costumes, superstições populares, danças, cantos e maneiras de fazer comidas.

II. Festas

• Desde a Antiguidade, as festas são conhecidas por seu caráter de inversão da ordem. Ou seja, enquanto duram, regras e obrigações cotidianas são abandonadas; é como colocar o mundo de ponta-cabeça. No Brasil Colonial, as festas também exerciam esse papel.
• As festas mais comuns do Brasil Colonial eram as relacionadas ao calendário religioso católico, freqüentemente iniciadas por procissões a fim de homenagear ou relembrar eventos cristãos.
• Não só as datas religiosas eram motivo para realização de festas públicas, também serviam de pretexto as aclamações de um soberano, os casamentos reais ou aristocráticos e outros acontecimentos de caráter político.
• Eram comuns nessas festas misturarem-se rituais das culturas negra e indígena.
• Nos dias de festa, ricos e pobres, brancos e negros, pareciam diminuir suas diferenças. Era a ocasião em que se ofereciam alimentos ao povo da rua. Ao contrario do que ocorria no cotidiano, a comida era farta e consumida por todos. Assim, a festa extrapolava o motivo oficial para transformar-se em um momento de negação das regras do dia-a-dia.
• As congadas ou festas do Rei Congo trata-se de um ritual que inclui a coroação de um rei e uma rainha negra; rememoravam-se tradições africanas e utilizavam-se vestimentas e danças tipicamente africanas.
• No entrudo, festa introduzida no Brasil pelos portugueses, fabricavam-se limões-de-cheiro - bolas de cera cheias de água perfumada - com os quais se organizavam batalhas entre os passantes das ruas das cidades. Os negros substituíam o limão-de-cheiro (mais caro) por polvilho e água. Era comum, nesse dia, os negros vestirem-se com roupas típicas européias, fato proibido em circunstâncias normais.
• O batuque retrata a dança de roda praticada pelos negros escravos. Ao som de instrumentos de percussão, durante a dança ocorriam as “umbigadas”, quando a pessoa que está no centro da roda vai ser trocada por outra, o substituto leva uma umbigada do solista.
• Outra forma popular de divertimento era dançar o lundu aos pares e acompanhado de violão. Os negros dançavam sem para noites inteiras, escolhendo por isso, de preferência, os sábados e as vésperas dos dias santos. Era também uma dança praticada pelos portugueses e assemelhava-se ao bolero dos espanhóis.
• As manifestações da cultura popular verificadas no Brasil Colonial não devem ser consideradas inferiores as da cultura erudita e, por isso, não devem ser relegadas ao esquecimento, ao descrédito e ao obscurantismo.

Cultura Popular em Sergipe

• Silvio Romero, autor sergipano, em um dos seus estudos sobre a cultura popular, apresenta várias festas realizadas no interior de Sergipe, destacando-se a congada e a folia de reis.

• Sincretismo Santológico
- Os africanos vindos ao Brasil na condição de escravos, não tiveram liberdade de culto. Assim é que, driblavam os brancos quando fingiam distraírem-se com atividades tidas como brincadeiras, também chamadas Oba, mas que na realidade era o ritual de louvação aos seus deuses.
- As Oba eram brincadeiras de largo nos quais os escravos fingindo distrair-se, profanamente cultuavam seus orixás. Estas brincadeiras tinham aspecto carnavalesco.
- Para escaparem da repressão senhorial, os negros passaram a identificaram seus deuses (orixás) com os da Igreja Católica, muito embora o culto fosse realizado na intenção dos orixás.
- Os escravos negros adotam os nomes dos santos da Igreja Católica, mas mantêm seus próprios cultos, demonstrando, assim, um grau de resistência muito grande.
- O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, na cidade de Laranjeiras, reúne peças que registram o sincretismo religioso em Sergipe.

• Estudiosos de nosso folclore:
- Sílvio Romero, Clodomir Silva e Jakcson da Silva Lima.
- O folclore é uma manifestação espontânea da alma do povo, por isso é algo vivo e dinâmico.

30 de mai. de 2010

Patrimônio Cultural


I. Patrimônio Cultural:

· Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a uma assunto até há pouco sem interesse maior ao povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”, ao qual, às vezes, também é aposta a palavra “artístico”. Na verdade, essa expressão usual abrange somente um segmento de um acervo maior, que é o chamado Patrimônio Cultural.
· Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativo das manifestações culturais de uma nação ou de um povo.
· É incomensurável o número total de bens que compõem o Patrimônio Cultural de um povo, de uma nação ou de um pequeno município.
· O Patrimônio Cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações.
· Nem só de cidades e monumentos é formado o Patrimônio Cultural: quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural.
· Muitas pessoas, ainda hoje, confundem Patrimônio Cultural com amontoado de velharias, não sabendo que agora também estão, enquanto vivem, a enriquecer, ou a empobrecer, nosso elenco de bens representativos.
· A problemática do Patrimônio Cultural deve ser encarada de modo bastante abrangente, isto é, abordando todo o elenco de bens culturais de um povo, sem atentar, necessariamente, ao aspecto histórico.
· Patrimônio Oficial é aquele que legalmente reúne poucos e escolhidos bens culturais eleitos como preserváveis à posteridade.
· Nenhum país pode se vangloriar de possuir preservado o seu integral Patrimônio Cultural, representado de modo condigno por acervos museológicos, arquivos, mostruários, construções e urbanizações partícipes de ecomuseus que realmente sejam representações corretas de todo o seu desenvolvimento cultural.
· Podemos dividir o Patrimônio Cultural em três grandes categorias de elementos: os elementos pertencentes à natureza, ao meio ambiente; os elementos referentes ao conhecimento, às técnicas, ao saber e ao saber fazer; e os elementos chamados bens culturais que englobam objetos, artefatos e construções.
· Os bens culturais podem ser de interesse (valor) nacional, regional ou local.
· O Patrimônio Cultural deve ser encarado de modo bastante abrangente, não se limitando ao aspecto arquitetônico, ou seja, às construções antigas e seus pertences.
· O Patrimônio Cultural de um povo abrange todas as suas manifestações culturais, não só seus artefatos, mas, também sua música, dança, cantos, representações e histórias do povo, seus usos, costumes, assim como o seu “saber”, o seus “saber fazer” e, inclusive, o meio ambiente.
· De todos os elementos que compõem o Patrimônio Cultural, os mais importantes são os artefatos, ou seja, objetos e construções.
· A palavra artefato, quando contextualizada no tema Patrimônio Cultural, tanto pode designar um machado de pedra polida como um foguete interplanetário ou uma igreja ou a própria cidade em volta dessa igreja.
· Nosso pais é jovem e nos seus quinhentos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens, absolutamente típicos de uma cultura nascida de três raças em paisagem paradisíaca.
· No próprio nome da entidade oficial destinada à defesa do “Patrimônio” Nacional Brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), se distinguem apenas os bens “artísticos” dos “históricos”, desconsiderando a abrangência da problemática do Patrimônio Histórico.

II. Preservação do Patrimônio Cultural

· Preservar é conservar, manter, defender, registrar e resguardar, de qualquer maneira, o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
· Um bem cultural é inseparável do meio onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho, logo, na sua preservação, é imprescindível relacioná-lo com o seu meio ambiente, com sua área envoltória, com seu contexto sócio-econômico, recusando-se a encará-lo como trabalho isolado no espaço.
· O tombamento é um atributo que se dá ao bem cultural escolhido e separado dos demais para que, nele, fique assegurada a garantia da perpetuação da memória.
· Bem cultural de interesse nacional é aquele ligado ao quadro de elementos determinadores da identidade pátria, imprescindíveis à exata compreensão da nossa formação.
· O Patrimônio Cultural deve ser preservado e não importa a forma: se através de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais. O necessário é preservar, já que o que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.

III. Memória Social

· A memória social depende da preservação sistemática de segmentos do Patrimônio Cultural.
· Para garantir a compreensão de nossa memória social, se faz necessário preservar o que for significativo dentro de nosso vasto repertorio de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
· No Brasil, poucos, muito poucos, têm uma visão global do problema e da necessidade da defesa da memória e de seus bens representativos.
· Em nosso país, é comum o descaso impune que assiste à destruição desnecessária de elementos do Patrimônio Cultural.
· No Brasil, é clara a falta de esclarecimento popular sobre a importância da preservação de nosso Patrimônio Cultural. Esta deseducação coletiva promove o descaso popular por tudo que represente o passado morto, sendo o futuro sempre uma espécie de sonho dourado - inconscientemente buscam todos melhoria de vida destruindo lembranças de antigamente.
· A preservação de bens culturais, na maioria das vezes, limitou-se a preservar objetos e construções da classe dominante, negligenciando os artefatos do povo.

IV. Patrimônio Cultural de Sergipe

· A restauração do centro histórico de Aracaju, ou seja, dos mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, representa um avanço na questão do Patrimônio Cultural em Sergipe.
· Contudo
, a maior parte do acervo de bens que compõem o nosso Patrimônio Cultural, inclusive os tombados, é vítima do descaso do governo e da população.
· Mesmo tombado pelo governo, o patrimônio arquitetônico de Sergipe está abandonado e muitos monumentos já se tornam ruínas: Igreja Matriz Nosso Senhor dos Passos (Maruim), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Neópolis), Capela da Fazenda Santa Aninha (Laranjeiras), Igreja de Nossa Senhora de Nazaré (São Cristóvão), Prédio do Cultart (Aracaju),  Carrossel do Tobias, Casarões e Igrejas em São Cristóvão e Laranjeiras.
· O Museu Histórico de Sergipe foi criado em 1960, tendo como finalidade dar proteção aos bens culturais de Sergipe e expor sua coleção à visitação pública.
· A primeira idéia de preservar o Patrimônio Artístico-Sacro de Sergipe foi de Dom Fernando Gomes, que se preocupava com o desaparecimento continuo de peças do Acervo Sacro de Sergipe.
· O Acervo Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da cidade de São Cristóvão é considerado Monumento Nacional (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
· O Museu de Arte Sacra de São Cristóvão possui em seu acervo objetos que se distinguem pela alta qualidade artística, outros pelo sentido histórico ou, ainda, pela riqueza do material empregado em sua confecção como o ouro, a prata e pedras preciosas.
· O Museu de Arte Sacra de Laranjeiras foi criado com a finalidade de preservar o Patrimônio Artístico de Laranjeiras.

29 de mai. de 2010

Patrimônio Cultural e História



“Quando vivemos num lugar somos reco­nhecidos por alguma coisa que fazemos, pelo que fazem nossos pais ou as pessoas com quem vivemos, ou por coisas que nos vão acontecen­do. Fazendo amigos, indo à escola, trabalhan­do, ajudando aos outros, brincando, marcamos a nossa vida e as vidas das pessoas que nos cer­cam.

Tudo o que fazemos, o que criamos ou inventamos, é a partir do que vemos, do que sentimos e do que aprendemos. E tanta coisa! Há jeitos diferentes de viver, de tratar o meio ambiente e os animais, de cuidar dos doentes,fazer festas e comidas, mas tudo isto fala ~mos. Também as brincadeiras, as músicas que ­cantamos, as danças, os jogos, as histórias. Chamamos a este conjunto de coisas de Patrimônio Cultural. Ele é constituído pelo que já encontramos desde que nascemos, mas também pelo que vamos construindo e acrescentando com a nossa vida e a nossa ação. É como uma “herança” que todos recebemos ao nascer e que faz o con­junto dos bens que pertencem a um povo ou a um país: o meio ambiente, tudo o que se es­creve nos livros, o que se produz nas artes, tudo o que se aprende e se faz para sobreviver (como o saber subir em árvores, saber pescar, plantar e colher, saber cuidar dos animais, saber na­dar...); e tudo o mais que é necessário para vi ver bem (como cozinhar, costurar, construir fabricar, instalar; assim como os objetos que se fabrica, as construções, as cidades). Esta “herança” é o patrimônio cultural.

Somente conhecendo o patrimônio cultu­ral de uma comunidade podemos entender um pouco o que ela é: o que fazem as pessoas que ali vivem, e até o que desejam e sonham, pode­mos enfim conhecer a sua história. Por isto os historiadores, para escrever os livros de Histó­ria, vão procurar informações estudando os bens do patrimônio cultural. Eles pesquisam dados do meio ambiente, buscam documentos nos ar­quivos, museus e bibliotecas, lêem livros, entrevistam pessoas, estudam outros tipos de bens culturais.

Podemos aprender História nos livros, mas precisamos também entender como trabalham os historiadores e, como eles. conhecer o que di­zem os documentos, os monumentos, as fotogra­fias, as manifestações ar­tísticas, os documen­tários da TV ou do cine­ma, os jornais, ou o que nos dizem as lembranças dos mais velhos. Assim veremos como é fasci­nante a nossa história, quanto há o que aprender com ela! Certamente va­mos entender e valorizar este patrimônio, que fala da nossa história e que, portanto, fala sobre nós mesmos”.

Texto extraído:
SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.

28 de mai. de 2010

Introdução a História

1. CONCEITO DE HISTÓRIA:
- História é a ciência que estuda a mudança.
- História é vida, é movimento, é transformação.
- A História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram ou sentiram enquanto seres sociais.
- Processo de transformação onde todos os homens são agentes das constantes mudanças que ocorrem: processo histórico.

2. O TERMO HISTÓRIA:
- Os gregos foram os primeiros a utilizá-lo: histor, originalmente, significava aquele que apreende pelo olhar, aquele que sabe, o testemunho, aquele que testemunhou com seus próprios olhos os acontecimentos.
- “História” (“his” + “oren”) significava apreender pelo olhar aquilo que se sucede dinamicamente, ou seja, testemunhar os acontecimentos, a realidade.
- Por influência de Heródoto, que deu o título de Histórias ao resultado de suas pesquisas acerca das Guerras Médicas, o termo assumiu o sentido particular de busca do conhecimento das coisas humanas, do saber histórico.
- História passou a significar a busca, a pesquisa e também os resultados compilados na obra histórica.

3. SENTIDOS DA PALAVRA HISTÓRIA:
- Realidade histórica: conjunto dos fenômenos pelos quais se manifestou, se manifesta ou se manifestará a vida da humanidade Ò a realidade objetiva do movimento do mundo e das coisas.
- Conhecimento histórico: a observação subjetiva da realidade pelo historiador.
- Obra histórica: o registro da observação da realidade feita pelo historiador num relato escrito.

4. O AGENTE DA HISTÓRIA:
- O Homem é o agente fazedor da História

5. CULTURA:
- Cultura é a maneira de manifestar vida de um grupo humano. - é o conjunto das diversas formas naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte. - o Homem produz cultura: produz objetos e idéias de acordo com suas necessidades de sobrevivência.

6. FONTES HISTÓRICAS:
+ vestígios (documento) que permitem a reconstituição do passado.
- arqueológicos: restos de animais, utensílios, fósseis, ruínas de templos, palácios e túmulos, esculturas, pinturas, cerâmicas, moedas, medalhas, armas, etc.
- escritos: códigos, decretos, tratados, constituições, leis, editais, relatórios, registros civis, memórias, crônicas, etc.
- orais: tradições, lendas, mitos, fábulas, narrações poéticas, canções populares, etc.

7. FATO HISTÓRICO:
- o fato histórico é o objeto de estudo da História.
- é singular, irreversível e de repercussão social.

8. CIÊNCIAS AUXILIARES DA HISTÓRIA:
- Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza.
- Sociologia: estuda o homem em sociedade.
- Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano.
- Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural.
- Arqueologia: estuda as culturas extintas.
- Paleontologia: estuda os fósseis.
- Cronologia: localização dos fatos no tempo.
- Paleografia: escritos antigos em materiais leves.
- Epigrafia: escritos antigos em materiais pesados.
- Heráldica: brasões, escudos e insígnias.
- Numismática: moedas.

9. PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?
- para dar consciências aos homens do seu poder de transformar a realidade.

10. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA:
• Periodização Tradicional: Pré-História e História.
+ Pré-História:
I. Paleolítico.
II. Neolítico.

+ História:
I. Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476).
II. Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453).
III. Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789).
IV. dade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.
- nem todos os historiadores concordam com a periodização tradicional da História baseada na história política.
- existem outras propostas de divisões inspiradas, por exemplo, no enfoque econômico (modo de produção), tecnológico-científico, etc.
- a divisão da História em períodos não é precisa nem natural.
- a divisão tradicional da História é hoje bastante discutível porque uniformiza os vários períodos quanto a sua importância, conduz à idéia de hierarquia nos vários acontecimentos, leva em consideração apenas a civilização ocidental e demonstra a fragilidade desta compartimentação, relegando fatos históricos também considerados importantes.
- o tempo é universal, mas não é absoluto.
- nem todos os povos adotam o calendário cristão (calendário gregoriano, instituído pela Igreja Católica no séc. XVI, para adequar o anterior (Juliano) às suas festividades religiosas). Muçulmanos e judeus, por exemplo, têm sistemas próprios de demarcação de tempo.

11. TEORIA DA HISTÓRIA:
- a historiografia é a arte ou o modo de escrever a História ou o estudo crítico da História.
- os conceitos de espaço e de tempo, essenciais no conhecimento histórico, evidenciam a inter-relação da História com a Geografia.
- a História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado.
- a História dos homens na transformação da natureza e na organização das sociedades é objeto de controvérsia permanente para historiadores e cientistas sociais.
- o passado histórico não deve ser apresentado de maneira única, como uma verdade absoluta, desvinculado das discussões que envolvam o presente.
- o historiador não é homem neutro, imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje contagia de alguma maneira o trabalho do historiador, refletindo-se na reconstrução que ele elabora do passado.
- a compreensão do presente e o estudo do passado não se relacionam entre si de forma mecânica, estreita e determinista.

27 de mai. de 2010

Resumo de História Antiga I


Índice de Assuntos:

Pré-História
Antiguidade
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea

1. Contagem do Tempo Histórico
Primeiro Calendário
Calendário Juliano
Calendário Gregoriano
Calendário Hebreu
Calendário Chinês
Calendário Muçulmano
Calendário Cristão
Era Cristã

2. Pré-História
Paleolítico
Neolítico
Idade dos Metais

3. Antiguidade Oriental
3.1. O Egito
3.2. A Mesopotâmia
3.4. Os Hebreus
3.4. Os Fenícios
3.5. Os Persas
3.6. Indianos e Chineses

4. A Antiguidade Clássica
4.1. Grécia
4.1.1. Período Pré-Homérico
4.1.2. Período Homérico
4.1.3. Período Arcaico
4.1.3.1 – Esparta
4.1.3.2 – Atenas
4.1.4. Período Clássico
4.1.5. Período Helenístico
4.2. Roma
4.2.1. Fundação e Realeza
4.2.2. República Romana
4.2.3. Império Romano


A história começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações de seus antepassados. Do ponto de vista europeu, divide-se em cinco grandes períodos: Pré-história, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Pré-história – Período que vai do surgimento do homem na Terra, há cerca de 3,5 milhões de anos, até o aparecimento da escrita, por volta de 4.000 a.C. Tem como marcos a evolução no emprego da pedra como arma e ferramenta, a criação da linguagem oral, o surgimento da arte , a utilização e domínio da produção do fogo, a domesticação e criação dos animais, a prática da agricultura e a criação da metalurgia.

Antiguidade – Começa com a utilização da escrita e termina com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Principais marcos: o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a adoção do escravismo, a construção de cidades-Estado e de sistemas políticos monárquicos, o surgimento da democracia na pólis grega e das religiões monoteístas, o crescimento das artes e o aparecimento das ciências.

Idade Média – Abrange o período que vai do século V da era cristã até a queda de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, em 1453. Principais marcos: a expansão dos reinos bárbaros na Europa, a transformação do escravismo em feudalismo, o surgimento dos impérios feudais, a expansão do cristianismo e do islamismo, o renascimento do comércio e das cidades medievais e o apogeu da civilização maia, na América.

Idade Moderna – Período entre a queda do Império Romano do Oriente e a Revolução Francesa, em 1789. Principais marcos: o fortalecimento dos Estados nacionais monárquicos, a expansão marítima e colonial, o fortalecimento e expansão do capitalismo – que se torna a forma de produção predominante –, o renascimento cultural e científico, a fermentação revolucionária do iluminismo e a independência norte-americana.

Idade Contemporânea – Cobre o período do final do século XVIII, a partir da Revolução Francesa, até a atualidade. Principais marcos: o período napoleônico (1799 a 1815), a restauração monárquica e as revoluções liberais (1800 a 1848), a revolução industrial e expansão do capitalismo (de 1790 em diante), a disseminação das nacionalidades e das doutrinas sociais (a partir de 1789), o surgimento do imperialismo, a 1a Guerra Mundial (1914-1918), as revoluções socialistas, a expansão da democracia, o surgimento do fascismo e do nazismo (1917-1938), a 2a Guerra Mundial (1939-1945), a Guerra Fria (1948-1990) e a desagregação da União Soviética (1991).


1. Contagem do Tempo Histórico:

A contagem das épocas ou eras da História varia segundo o parâmetro de cada civilização. Desde a Antiguidade, os povos adotam diferentes sistemas para a contagem do tempo anual (calendário) e, posteriormente, para o início de sua própria história (era). Hoje o calendário cristão é predominante, mas ainda subsistem os calendários hebreu, chinês e muçulmano.

Primeiro calendário – Surge no Egito Antigo em cerca de 3.000 a.C. Considera as fases da Lua e divide o ano em 12 meses de 29 ou 30 dias.

Calendário Juliano – É criado por ordem de Júlio César. Resulta da reforma do calendário romano, que tem 304 dias e 10 meses, baseado no egípcio. Estabelece o ano solar de 365,25 dias e o ano civil de 365 dias, com um bissexto de 366 dias a cada quatro anos. São retirados dois dias de fevereiro e acrescidos aos meses de julho e agosto, porque têm nome de imperadores.

Calendário Gregoriano – É um ajuste no calendário juliano, que acumulava uma diferença de dez dias. É ordenado em 1582 pelo papa Gregório XIII e determina a eliminação de três anos bissextos a cada 400 anos para evitar defasagens.

Calendário Hebreu – O ano 1 da era judaica corresponde a 3.761 a.C. Em setembro de 1995 começa o ano 5756 dos judeus. Seu calendário é lunissolar (considera o Sol e a Lua), com ano médio de 365,246 dias e meses de 29 ou 30 dias.

Calendário Chinês – É lunissolar e comporta dois ciclos: um de 12 anos (de 354 ou 355 dias, ou 12 meses lunares) e um de sete anos (com anos de 383 ou 384 dias, ou 13 meses). Os anos do primeiro ciclo têm nomes de animais: rato, boi, tigre, lebre, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e porco.

Calendário Muçulmano – Estabelece como ano 1 a data da fuga (hégira) de Maomé de Meca para Medina e corresponde ao ano 622 da era cristã. O calendário é lunar, tendo um ano médio de 354,37 dias e meses de 29 e 30 dias.

Calendário Cristão – É proposto em 525 pelo historiador grego Dionísio, o Menor, para pôr fim à desordem dos diversos sistemas de contagem cronológica então empregados. Calculando a data da Páscoa cristã, Dionísio toma o nascimento de Jesus Cristo como ano 1 do século I, tendo por base o calendário juliano. Os períodos e acontecimentos anteriores a isso passam a ser datados com a sigla a.C. (antes de Cristo) e contados de trás para diante.

Era Cristã – O calendário cristão é adotado no ocidente a partir do século VI. No século X a era cristã é oficializada pela Igreja Romana e introduzida na Igreja bizantina. No final do século XIX, quando a contagem cronológica da História pelo sistema de Dionísio já está difundida e uniformizada pelo mundo, descobre-se um erro de cálculo. Cristo nasce, segundo a moderna historiografia, no ano 4 a.C.


2. A Pré-História

Separamos a história da pré-história pois o estudo e as e a forma como obtemos conhecimento sobre este período são diferentes. Neste período o homem não havia criado a escrita, por isso não temos registros escritos, apenas achados arqueológicos que podem nos fornecer pistas sobre o estilo de vida da época.

A pré-história pode ser dividida em três períodos: o paleolítico, o neolítico e a idade dos metais. O primeiro período se inicia com o surgimento da espécie humana. O homem vivia em cavernas e era nômade, ou seja, mudava constantemente de local sempre que o alimento onde vivia acabava. Caçava, pescava e coletava frutos com a ajuda de instrumentos pontiagudos feitos de pedra.

No neolítico o aquecimento do planeta permitiu a saída das cavernas. O homem passou a construir casas chamadas palafitas, feitas sobre estacas que as mantinham elevadas para se proteger de animais selvagens. Desenvolveu a domesticação de animais e a agricultura, que permitiu a sedentarização (fixação), pois agora ele poderia produzir seu próprio alimento no lugar onde morava. As ferramentas foram desenvolvidas, agora as ferramentas feitas de pedra recebiam polimento para serem melhor manuseadas.

Com a idade dos metais o homem aprende a moldar os metais aquecidos no fogo. Primeiramente o cobre, por ser mais maleável, em seguida a liga de cobre e estanho (bronze), e finalmente o ferro. Com o uso dos metais, as armas são aprimoradas, dando condições para a formação dos grandes impérios da antiguidade. Nesse momento surge a escrita, por volta de 4000 a.C., o que determina o fim da pré-história e o começo da história.

O que é preciso saber sobre a pré-história: período antes da criação da escrita, informações por achados arqueológicos, no paleolítico os homens moravam em cavernas e eram nômades, no neolítico passaram a morar em palafitas e a desenvolver a agricultura (revolução agrícola), na idade dos metais passa-se a moldar metais.


3. A Antiguidade Oriental

Fazem parte da antiguidade oriental as civilizações que se desenvolveram no oriente e no oriente médio. A maior parte delas apresenta grandes semelhanças, mas cada civilização apresentou seu diferencial.

As civilizações orientais eram governadas por reis absolutos, muitos com poder justificado de forma divina, como no caso dos faraós no Egito. A economia era movida pela agricultura, praticada no modo de produção asiático, pelo qual a população camponesa servia coletivamente ao Estado (servidão coletiva).

A sociedade sempre se dividia nas seguintes camadas: os "privilegiados" (família do rei, ricos, letrados e sacerdotes) ficavam no topo da sociedade. Logo abaixo vinham os camponeses e outras pessoas livres, e abaixo vinham os escravos.

O que é preciso saber sobre a antiguidade oriental: semelhanças entre as civilizações orientais: governo absoluto, modo de produção asitático, servidão coletiva, sociedade dividida entre os privilegiados, camponeses e escravos.

3.1. O Egito

A civilização egípcia se desenvolveu graças ao rio Nilo, que com suas inundações anuais, possibilitou a agricultura em suas margens, mesmo estando no meio do deserto. Os egípcios se destacaram na construção das pirâmides, ordenadas pelos faraós e na mumificação dos corpos. Muitas múmias estão em perfeito estado de conservação até os dias de hoje. Destacaram-se também na criação do papiro, um tipo de papel usado pelos egípcios, além da criação do sistema de escrita hieroglífico, traduzido por Champollion através da Pedra Roseta, que continha o mesmo texto escrito em grego e hieroglífico.

O que é preciso saber sobre o Egito: importância do rio Nilo, pirâmides, mumificação, papiro, hieroglifos.

3.2. A  Mesopotâmia

Vários povos e impérios se fixaram na Mesopotâmia, que se desenvolveu graças aos rios Tigre e Eufrates. É na Mesopotâmia que surgiu o Código de Hamurábi, o primeiro código de leis escritas do qual se tem notícia. Nele se previa a pena do talião, baseado na máxima: "olho por olho, dente por dente", ou seja, quem matasse uma pessoa também era morto, quem cortasse o dedo de outra pessoa teria o mesmo dedo cortado.

Foi lá também que surgiu o sistema de escrita cuneiforme, feito através de sinais talhados em tábuas de madeira. Com a união dos acervos escritos da região, surgiu a Biblioteca de Nínive, que serve de base para os estudos sobre essa região. Lá também foram construídos os famosos Jardins Suspensos da Babilônia.

Os mesopotâmicos se destacam também por terem desenvolvido a astronomia e serem os primeiros a dividirem o círculo em 360 partes (graus) e o dia em 12 horas e 120 minutos.

O que é preciso saber sobre a Mesopotâmia: importância dos rios Tigre e Eufrates, Código de Hamurábi, pena do talião, escrita cuneiforme, importância da Biblioteca de Nínive, Jardins Suspensos da Babilônia, astronomia.

3.3. Os Hebreus

Os hebreus chegaram à Palestina guiados pelos patriarcas. Fugiram dali por causa da fome e se reinstalaram no Egito onde foram escravizados. Saíram do Egito e reconquistaram a região da Palestina liderados por Moisés e Josué. Atingiram o maior desenvolvimento quando instalaram a monarquia, que como reino unido teve apenas três reis: Saul, Davi e Salomão. Dividiram-se em dois reinos, acabaram enfraquecendo e foram conquistados pelos Assírios que habitavam a Mesopotâmia, sendo feitos escravos novamente. Quando os persas conquistaram a Mesopotâmia, foram libertos, mas foram em seguida conquistados pelos romanos, que os dispersaram por todo o mundo, até que o estado de Israel fosse criado por medida das Nações Unidas.

O povo hebreu tem toda sua história registrada na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento, que conta a história da formação do povo. O diferencial dos hebreus é a sua religião, a única monoteísta (um único Deus) daquela época com a crença no Deus Jeovah que levou à construção de um grandioso templo na cidade de Jerusalém.

O que é preciso saber sobre os hebreus: história contada na Bíblia, no Antigo Testamento, monoteísmo, crença no Deus Jeovah, foram escravizados no Egito, na Mesopotâmia e foram dispersos pelos romanos até a fundação do atual Estado de Israel.

3.4. Os Fenícios

Os fenícios nunca fundaram um império unido, estando sempre divididos em cidades independentes. Foram grandes navegadores e fundaram diversas colônias ao redor do Mar Mediterrâneo, sendo a mais importante delas a colônia de Cartago, que irá envolver-se com uma disputa com o Império Romano. A maior herança deixada pelos fenícios foi o seu alfabeto de 22 letras muito próximo do nosso atual, copiado por muitas civilizações e criado para uma comunicação eficiente entre suas diversas colônias.

O que é preciso saber sobre os fenícios: cidades independentes, navegadores, fundadores de colônias, alfabeto de 22 letras.

3.5. Os Persas

Os persas se fixaram numa reigão no leste da Mesopotâmia. Adotaram um eficiente sistema de comunicação e administração. O império era divido em satrápias (algo como os estados), sendo cada satrápia governada por um sátrapa e fiscalizada por fiscais que eram denominados "olhos e ouvidos do rei". As estradas foram calçadas com pedras, permitindo a implantação de um ágil sistema de correio. A economia se tornou eficiente com a cunhagem (produção) de moedas, chamadas de Darico. Este sistema de administração extremamente eficicente foi a maior herança deixada pelos persas, inclusive muitos destes sistemas permanecem até hoje, como por exemplo a divisão em estados. Grandes governantes dos persas foram Dario I, que instituiu a divisão em satrápias e criou a moeda Darico, e Ciro I que libertou os hebreus quando foram escravizados na Mesopotâmia.

A religião persa denominada Mazdeísmo também merece atenção. Era dualista, haviam duas divindades, uma do bem e outra do mal e o objetivo era o bem vencer o mal. Esta religião foi pregada por Zoroastro.

O que é preciso saber sobre os persas: eficiente sistema de administração, as satrápias, os "olhos e ouvidos do rei", sistema de correio, moeda Darico, religião dualista.

3.6. Indianos e chineses

Os indianos se fixaram nas margens do rio Indo e do rio Ganges. A sociedade indiana é extremamente imóvel, não é permitida a mobilidade social entre as classes sociais em decorrência da religião bramanista. Filhos de pais de classes diferentes são considerados párias e são excluídos da sociedade. Destacam-se por terem criado os algarismos e desenvolvido a matemática.

Os chineses se fixaram nas margens dos rios Yang-tsé e Hoang-ho. Destacam-se por terem desenvolvido a pólvora, a porcelana, a imprensa e a bússola. Destacam-se também na plantação de amoreiras para o cultivo de bichos da seda, cujos casulos são usados para extrair os fios de seda.


4. A Antiguidade Clássica

4.1. Grécia

4.1.1. Período Pré-Homérico

A região da Grécia era originalmente habitada pelos pelasgos, mas lentamente foi recebendo outros povos, os eólios e os jônios que chegaram pacificamente e se agruparam aos habitantes originais. Mas quando os dórios, povo de espírito guerreiro e com técnicas de produção de armas de ferro mais avançada, decidiram invadir a Grécia, destruíram diversas cidades provocando uma emigração de gregos para outras áreas costeiras do Mar Mediterrâneo. Esta foi a primeira diáspora grega, e marca o início do Período Homérico.

O que é preciso saber sobre o período pré-homérico: chegada de povos à Grécia, eólios e jônios de forma pacífica, dórios de forma violenta, provocando a primeira diáspora.

4.1.2. Período Homérico

Os grupos que preferiram fugir dos dórios indo para a região montanhosa da Grécia fundou os genos. Estes genos eram sociedades de propriedade coletiva, ou seja, todos tinham sempre direito a tudo. Desta forma, os genos prosperaram, mas acabaram encontrando problemas, pois a população dos genos começou a crescer e era impossível dar trabalho e comida para todos. Por isso muitos acabaram saindo dos genos para morarem em outros lugares ou foram simplesmente expulsos.

Os genos acabaram se dividindo, e os que saíam deles se fixavam em outras regiões, o que provocou a segunda diáspora grega. Os genos procuraram então se fortalecer unindo-se em fratrias. As fratrias se uniram em tribos, e as várias tribos se uniram em pólis.

Muito do que sabemos sobre este período vem das obras Ilíada e Odisséia. Estas obras são de autoria atribuída à Homero, a primeira narra a história da Guerra de Tróia (Tróia era chamada de Ilion) e a segunda a vida de Odisseu.

O que é preciso saber sobre o período homérico: invasão dos dórios, fuga (primeira diáspora), fundação dos genos, aumento da população dos genos, desintegração do sistema gentílico (segunda diáspora), fundação das pólis.

4.1.3. Período Arcaico

Com a fundação das pólis, surge uma novo período na Grécia. Formaram-se cerca de 110 pólis, mas estuda-se apenas Atenas e Esparta por serem as melhores representantes das características das demais pólis.

4.1.3.1 – Esparta

A pólis grega de Esparta se localizou no Peloponeso, e é de origem dórica. Como os Dórios tinham uma grande tradição guerreira, os espartanos adotaram uma rígida sociedade que enfatizava muito o treinamento militar. Desde cedo as crianças eram preparadas e treinadas para a guerra, e caso apresentassem deficiência que prejudicassem seu desempenho em campo de batalha, era responsabilidade da mãe matar o filho.

Politicamente era dominada pela aristocracia (espartanos), que através da diarquia (governo de dois reis), da Gerúsia (senado) e dos éforos impediam o acesso do povo à política. A aristocracia era de origem dórica, a sociedade inferior constituída pelos hilotas era composta por aqueus, que eram maioria frente aos espartanos.

O que é preciso saber sobre Esparta: localiza-se no Peloponeso, origem dórica, ênfase no treinamento de guerra, governado pelos espartanos (aristocracia) que se usava da Gerúsia, diarquia e dos éforos para dominarem os hilotas, que eram maioria.

4.1.3.2 – Atenas

A pólis grega de Atenas se localizou na Ática, e é de origem jônica. A maior parte das outras pólis gregas seguem o modelo de Atenas. Ao contrário de Esparta, Atenas visava muito a educação cultural de seus habitantes.

A primeira forma de governo de Atenas foi a realeza, quando um rei (basileu) assumiu o governo a pólis. Em seguida, um conselho assumiu o poder nomeando 9 Arcontes, iniciando o período do arcontado. A sociedade ateniense não se sentiu satsfeita com o arcontado, fazendo com que Drácon e Sólon promovessem mudanças, instituindo o fim da escravidão por dívidas e a divisão da sociedade em grupos respecitvamente.

Mas ditadores acabam assumindo o governo durante o período da tirania. Clístenes inicia o movimento que derrubou a tirania, iniciando o último período da história de Atenas que foi a democracia. Procurando evitar que novos ditadores assumissem poder, instituiram o ostracismo, que exilava pessoas que ameassassem a democracia por dez anos.

O que é preciso saber sobre Atenas: localiza-se na Ática, origem jônica, ênfase na educação cultural, períodos: realeza/arcontado/tirania/democracia, legisladores Drácon e Sólon (fim da escravidão por dívidas e divisão da sociedade), Clístenes e o fim da tirania, ostracismo = exílio por dez anos.

4.1.4. Período Clássico

Atingindo igualdade de condições no final do período Arcaico, as pólis Atenas e Esparta procuram agora influenciar outras pólis. Neste período, os persas liderados por Dario I chegam até a região da Grécia, naturalmente dispostos a invadi-la. Os atenienses procuram ajudar as pólis nas fronteiras, mas não consegue, ganhando a inimizade dos persas.

Este episódio detona a guerra entre gregos e persas. Atenas e Esparta uniram as pólis sob suas respectivas influências formando a Confederação de Delos, liderada por Atenas e a Confederação do Peloponeso, liderada por Esparta. A Confederação de Delos conseguiu afastar o perigo de uma invasão persa. Durante o período que se segue, Atenas passa pelo Século de Péricles, o período de apogeu da cidade. Vários pensadores passam a se mudar para Atenas.

Mas logo Atenas e Esparta passam a lutar pela supremacia na Grécia, provocando a Guerra do Peloponeso. Isto provoca o desgaste e o enfraquecimento da Grécia diante dos invasores, abrindo caminho para que Felipe II dos macedônios a invadisse e acaba pondo fim à independência grega.

O que é preciso saber sobre o período Clássico: tentativa de invasão persa, formação das confederações, Século de Péricles, Guerra do Peloponeso (enfraquecimento) e invasão de Felipe II.

4.1.5. Período Helenístico

O filho de Felipe II, Alexandre, foi educado pelo filósofo grego Aristóteles, o que criou nele uma mentalidade tipicamente grega. Alexandre expandiu ainda mais o império de seu pai chegando até às margens do rio Indo. Fundou diversas cidades, que chamou de Alexandria, inclusive a Alexandria do Egito. Alexandre morreu cedo acometido por uma febre, e pouco restou de seu império, que foi dividido entre seus generais por não possuir herdeiros com idade para assumi-lo.

Mas a cultura helenística, resultado da fusão da cultura grega com a oriental sobreviveu e foi herdada mais tarde pelos romanos, quando conquistaram a Grécia e a Macedônia.

O que é preciso saber sobre o período Helenístico: Alexandre, filho de Felipe II, educado por Aristóteles, expandiu o império, criou a cultura helenística, fundou Alexandria.

4.2. Roma

4.2.1. Fundação e Realeza

Roma provavelmente se originou de um centro de defesa latino contra ataques etruscos, mas conserva-se também a origem lendária, contada na obra Eneida, do poeta Virgílio. Conta a história que os irmãos Rômulo e Remo, os fundadores de Roma, teriam sido salvos e criados por uma loba, e que depois de crescidos, Rômulo teria se tornado o primeiro rei de Roma. Pouco se sabe sobre o período em que Roma foi governada por reis, sabe-se que a sociedade era dividida em três camadas: patrícios (aristocracia, possuidora de terras), plebeus (homens livres) e escravos (prisioneiros de guerra) e que embora o rei detivesse todos os poderes para governar, era limitado pelo senado.

O que é preciso saber sobre a fundação e a Realeza: origem de um centro de defesa, origem lendária contada na Eneida de Virgílio, classes patrícios (aristocracia) / plebeus (livres) / escravos (prisioneiros de guerra), poder do rei limitado pelo senado.

4.2.2. República Romana

O último rei de Roma, Tarqüínio, o Soberbo, foi derrubado pelo senado com a ajuda dos patrícios. Roma passou a ser governada por cônsules, sempre em dois, que presidiam o senado e as assembléias centuriais. A assembléia centurial era a mais importante, reunindo plebeus e patrícios em postura militar, enfileirados de cem em cem (por isso centurial).

Os plebeus não tinham representação política, e após uma "greve" (retirada para o Monte Sagrado) exigindo representação, ganham o direito de nomearem os tribunos da plebe. Outras revoltas plebéias acontecem, levando aos direitos de casamento entre classes sociais e a elaboração da Lei das 12 Tábuas, que foi a primeira união de leis romanas na forma escrita.

É durante a República que começa a política de conquistas dos romanos baseada na máxima Mare est nostrum (O mar é nosso) que pretendia transformar o Mar Mediterrâneo em uma lagoa romana. Primeiro conquistou-se toda a península itálica, em seguida conquistam Cartago durante as Guerras Púnicas. Por fim, conquista-se a Grécia, o Egito, a Macedônia e a Península Ibérica.

As guerras provocaram um grande afluxo de riquezas para Roma, levando a uma acentuação na diferença entre as classes sociais. O aumento no número de escravos obtidos nas guerras para trabalhar nas grandes propriedades tornava a concorrência com o pequeno produtor injusta, o que provocava sua falência e o êxodo rural. Nesse período surge a tentativa dos irmãos Graco de conseguir uma reforma agrária, mas nada é conseguido. Tibério Graco foi assassinado em um tumulto no senado e seu irmão Caio Graco foi perseguido e pediu para que seu escravo o matasse.

A desordem cresce, surgem então elementos fortes na sociedade romana que passaram a governar em três. Surge entao o Primeiro Triunvirato que contou com Júlio César, Pompeu e Crasso. Pompeu e Crasso foram mortos, sobrando apenas Júlio César, que tinha a oposição do senado. Criou o mês de julho e recebeu o título de césar (o nome dele era Caio Júlio). Foi morto a punhaladas em pleno senado, não chegando a ser ditador.

Surge o Segundo Triunvirato com Marco Antônio, Otávio e Lépido. Marco Antônio e Lépido acabaram perdendo poder frente a Otávio, que recebeu o título de augusto (o divino), sendo aclamado como imperador (o supremo).

O que é preciso saber sobre a República romana: lutas dos plebeus por maiores direitos, Lei das 12 Tábuas, política do Mare est nostrum, conquistas romanas, aumento no número de escravos, êxodo rural, reforma agrária dos irmãos Graco, primeiro e segundo Triunviratos, ascensão de Otávio Augusto.

4.2.3. Império Romano

Otávio Augusto assumiu como imperador de Roma, iniciando o período de apogeu do império, chamado Século de Ouro. Cessaram-se as conquistas (pax romana), o que provocou a falta de escravos. Para distrair o povo enquanto os problemas aconteciam adotou a política do "pão e circo". Se o povo estivesse se divertindo e estivesse bem alimentado não reclamariam. Distribuiu trigo ao povo e promovia grandes espetáculos com gladiadores. Foi no seu reinado que nasceu Jesus em Belém de Judá.

Após Otávio Augusto, assumem imperadores que não conseguem controlar a crise em Roma ou assumem simpesmente loucos. Sob o governo de Tibério Jesus é crucificado, Nero ateia fogo em Roma e Calígula nomeia seu cavalo como oficial do exército, embora tenham havido imperadores que conseguiram manter bons reinados como Trajano e Marco Aurélio.

Mas a situação se torna incontrolável. A inflação, o déficit, a falta de mão de obra e o cristianismo em crescimento abalam as estruturas do império. São tomadas atitudes como o congelamento de preços, a Lei do Colonato que obrigava a fixação de pessoas no campo, o que deu início ao trabalho servil que predominou durante toda a Idade Média. O imperador Teodósio acaba dividindo o império em duas partes, a Ocidental teria capital em Roma, e a Oriental teria capital em Bizâncio, que mais tarde passa a se chamar Constantinopla. O cristianismo é oficializado e as perseguições aos seguidores de Jesus acabam. Com isso consegue-se apenas corroer mais profundamente as estruturas do império, já que a sociedade romana se baseava na escravidão e o cristianismo pregava a igualdade.

Por final, o império não resistiu aos invasores bárbaros e o Império Ocidental caiu em 476 quando os hérulos liderados por Odoacro derrubam o último imperador, Rômulo Augusto. O Império Oriental ainda vai se desenvolver durante o império de Constantino, mas em 1453 (quase mil anos mais tarde!) é tomado pelos turcos otomanos.

O que é preciso saber sobre o Império romano: governo de Otávio Augusto, apogeu do império, Século de Ouro, "pão e circo", decadência do império, divisão do império, oficialização do cristianismo, fixação dos trabalhadores à terra (colonato), queda do Império Romano Ocidental em 476, queda do Império Romano Oriental em 1453.

Fonte: www.vestibular1.com.br

26 de mai. de 2010

O Pré-Universitário SEED

I – Apresentação:

O Pré-Universitário, programa integrante do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional - DASE, tem por objetivo promover a melhoria das condições de acesso ao ensino superior dos alunos do ensino médio da rede pública estadual de educação, bem como daqueles egressos das escolas públicas garantindo os conhecimentos necessários ao desenvolvimento de suas potencialidades.

Nesse sentido, é ofertado um curso preparatório para os vestibulares com 5.390 vagas distribuídas em 34 pólos localizados em 18 municípios do estado de Sergipe. Paralelo a esse curso, o Pré-Universitário coordena o Simuladão aplicado em todas as escolas de ensino médio da rede pública estadual, além de fomentar o desenvolvimento de ações voltadas para o aluno vestibulando nessas escolas. Desta forma, o Pré-Universitário tem se constituido em um Programa de Assistência ao Aluno Vestibulando.


II – O Curso de História na UFS:

1. Objetivos:

O curso de graduação em História da UFS tem por objetivos:
• formar o licenciado em História apto a abordar cientificamente os temas históricos com a inventividade e o rigor metodológico necessários à investigação científica;
• proporcionar a superação da dicotomia teoria/conteúdo, ensino/pesquisa, professor/pesquisador, desenvolvendo uma nova mentalidade em relação ao estudo e ao ensino da História;
• formar um profissional capaz de exercer sua profissão tanto no magistério como em qualquer outro setor que exija a produção do conhecimento histórico.

2. Perfil do profissional:

O curso de Graduação em História deverá favorecer o desenvolvimento de habilidades que permitam a aquisição da competência técnica e científica capacitando o profissional a:
• produzir e transmitir o conhecimento histórico de modo a imprimir ao ensino da história um caráter dinâmico, crítico e participativo;
• refletir sobre as novas concepções do trabalho do historiador;
• exercer suas atividades no campo do magistério do ensino fundamental e médio e em outros setores onde se exija a produção do conhecimento histórico;
• superar as concepções tradicionais da História associadas unicamente à idéia de sistematização cronológica, linear e personalista, por uma concepção mais comprometida com problemas da atualidade.


III – Conteúdos do Pré-Universitário:

1ª Série

1. Introdução à História: conceitos, funções, fontes. Relações da história com as demais ciências humanas. A questão do patrimônio cultural
2. A Hominização. A Revolução Neolítica. Pré-História americana, brasileira e sergipana
3. As Civilizações do Oriente: egípcios, povos mesopotâmicos e hebreus
4. As Civilizações Clássicas: Grécia e Roma
5. O Império Bizantino. O Islã e os povos que o difundiram.
6. A Igreja na Idade Média
7. A Sociedade Feudal
8. A Transição do Feudalismo para o Capitalismo
9. O Renascimento e as Reformas Religiosas
10. Os estados nacionais, o mercantilismo e a expansão marítima européia
11. A situação mundial nos séculos XV e XVI: África, Ásia e América
12. Conquista e colonização de Sergipe
13. Povos indígenas e africanos no Brasil Colonial
14. O Estado Colonial Português
15. A Economia do Brasil Colonial
16. O Brasil Holandês e o Papel de Sergipe
17. Cultura popular no Brasil Colonial

2ª Série:

1. A Revolução Inglesa e o Parlamentarismo no século XVII
2. O Movimento Iluminista Europeu
3. Movimento Nativista e Pró-independência do Brasil
4. A Revolução Industrial
5. O Pensamento Liberal
6. A Revolução Francesa
7. A Era Napoleônica
8. A Insurreição Pernambucana de 1817
9. Os Estados Unidos no século XIX
10. A Unificação Italiana e Alemã

3ª Série:

1. A Primeira Guerra Mundial e os seus reflexos no Brasil
2. A Revolução Russa
3. A questão social na República Velha
4. A cultura na República Velha
5. O Movimento Tenentista no Brasil e em Sergipe
6. A Crise do Capitalismo e o período entre-guerras
7. Os Regimes Totalitários europeus e latino-americanos
8. A Segunda Guerra Mundial
9. “A Era de Vargas”. Sergipe sob o domínio dos interventores: 1930 a 1945
10. Descolonização da Ásia e da África
11. A Redemocratização (1945-1965) e o desenvolvimentismo
12. Os Governos Militares e a política econômica e social
13. Movimentos Sociais na América Latina
14. Sergipe sob o regime militar
15. A Crise do Regime Militar: a abertura e o movimento sindical
16. Movimentos sociais e culturais no Brasil nas décadas de 60 a 80
17. Sociedade e Cultura em Sergipe contemporâneo
18. A Crise do Socialismo, as lutas interétnicas na Europa e no Oriente Médio
19. A Globalização e seus efeitos

25 de mai. de 2010

The Beatles songs (A-Z)

The Beatles songs on Youtube:
A Day in the Life
A Hard Day’s Night
A Taste of Honey
Across The Universe
Act Naturally
All I’ve got to Do
All My Loving
All Together Now
All You Need Is Love
And I Love Her
And Your Bird Can Sing
Anna (Go To Him)
Another Girl
Any Time At All
Ask Me Why
Baby It’s You
Baby You’re A Rich Man
Baby’s in Black
Back In The USSR
Bad Boy
Because
Being for the Benefit of Mr. Kite!
Birthday
Blackbird
Blue Jay Way
Boys
Can’t Buy Me Love
Carry That Weight
Chains
Come Together
Cry Baby Cry
Day Tripper
Dear Prudence
Devil In Her Heart
Dig A Pony
Dig It
Dizzy Miss Lizzie
Do You Want to Know a Secret
Doctor Robert
Don’t Bother Me
Don’t Let Me Down
Don’t Pass Me By
Drive My Car
Eight Days a Week
Eleanor Rigby
Every Little Thing
Everybody’s Got Something to Hide Except For Me and My Monkey
Everybody’s Trying to be My Baby
Fixing a Hole
Flying
For No One
For You Blue
Free As A Bird
From Me To You
Get Back
Getting Better
Girl
Glass Onion
Golden Slumbers
Good Day Sunshine
Good Morning, Good Morning
Good Night
Got To Get You Into My Life
Happiness is a Warm Gun
Hello, Goodbye
Help
Helter Skelter
Her Majesty
Here Comes The Sun
Here, There And Everywhere
Hey Bulldog
Hey Jude
Hold Me Tight
Honey Don’t
Honey Pie
I Am the Walrus
I Call Your Name
I Don’t Want to Spoil the Party
I Feel Fine
I Me Mine
I Need You
I Saw Her Standing There
I Should Have Known Better
I Wanna Be Your Man
I Want To Hold Your Hand
I Want To Tell You
I Want You
I Will
I’ll Be Back
I’ll Cry Instead
I’ll Follow the Sun
I’ll Get You
I’m a Loser
I’m Down
I’m Happy Just to Dance with You
I’m Looking Through You
I’m Only Sleeping
I’m so tired
I’ve Got A Feeling
I’ve Just Seen a Face
If I Fell
If I Needed Someone
In My Life
It Won’t Be Long
It’s All Too Much
It’s Only Love
Julia
Kansas City/Hey, Hey, Hey
Komm Gib Mir Deine Hand
Lady Madonna
Let it Be
Little Child
Long Tall Sally
Long, Long, Long
Love Me Do
Love You To
Lovely Rita
Lucy in the Sky with Diamonds
Maggie Mae
Magical Mystery Tour
Martha My Dear
Matchbox
Maxwell’s Silver Hammer
Mean Mr. Mustard
Michelle
Misery
Money (That’s What I Want)
Mother Nature’s Son
Mr. Moonlight
No Reply
Norwegian Wood
Not a Second Time
Nowhere Man
Ob-La-Di, Ob-La-Da
Octopus’s Garden
Oh! Darling
Old Brown Shoe
One After 909
Only A Northern Song
P.S. I Love You
Paperback Writer
Penny Lane
Piggies
Please Mister Postman
Please Please Me
Polythene Pam
Rain
Real Love
Revolution 1
Revolution 9
Rock and Roll Music
Rocky Raccoon
Roll Over Beethoven
Run For Your Life
Savoy Truffle
Sexy Sadie
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)
She Came In Through The Bathroom Window
She Loves You
She Said, She Said
She’s A Woman
She’s Leaving Home
Sie Liebt Dich
Slow Down
Something
Strawberry Fields Forever
Sun King
Taxman
Tell Me What You See
Tell Me Why
Thank You Girl
The Ballad of John And Yoko
The Continuing Story of Bungalow Bill
The End
The Fool On The Hill
The Inner Light
The Long And Winding Road
The Night Before
The Word
There’s A Place
Things We Said Today
Think For Yourself
This Boy
Ticket to Ride
Till There was You
Tomorrow Never Knows
Twist and Shout
Two of Us
Wait
We Can Work It Out
What Goes On
What You’re Doing
When I Get Home
When I’m Sixty-Four
While My Guitar Gently Weeps
Why don’t we do it in the road
Wild Honey Pie
With a Little Help From My Friends
Within You Without You
Words of Love
Yellow Submarine
Yer Blues
Yes It Is
Yesterday
You Can’t Do That
You Know My Name
You Like Me Too Much
You Never Give Me Your Money
You Really Got a Hold on Me
You Won’t See Me
You’re Going to Lose That Girl
You’ve Got to Hide Your Love Away
Your Mother Should Know

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